Sabe quando parece que você tá presente, mas não realmente ali?

Seu corpo tá sentado, seu olhar fixo, talvez até respondendo e-mail…
Mas a mente? Foi dar uma voltinha num andar aleatório e esqueceu de te avisar.😒
O elevador da consciência apertou um botão que ninguém pediu,
desceu no automático e você ficou esperando ele voltar. Sozinha no hall…
Isso tem nome: dissociação!
E não, não é preguiça, drama ou “coisa da sua cabeça” (embora tecnicamente… seja sim da cabeça, né? kkkk).
🔍 Tá, mas o que é dissociar?
Dissociar é quando o cérebro se desconecta da realidade presente, total ou parcialmente.
É como se você ficasse em segundo plano dentro da própria vida por um instante.
Às vezes você percebe na hora. Outras vezes, só se toca depois.
Ou nunca, e só acha que vive “no mundo da lua”.😂
🧠 Por que isso acontece?
A dissociação é uma resposta natural de proteção do sistema nervoso.
Pode rolar diante de estresse, ansiedade, sobrecarga sensorial, emoções intensas ou até no piloto automático do cansaço.
É tipo o cérebro falando:
“Ei, isso aqui tá demais. Melhor me ausentar um pouquinho pra evitar um colapso completo.”
🎮 “Parece que virei personagem de videogame”
Teve um momento em que senti como se não fosse eu ali.
Tipo… meu corpo tava agindo, mas parecia que alguém estava me controlando.
Modo The Sims ativado. 🎮
Essa sensação tem nome: despersonalização.
É uma forma de dissociação em que a gente se sente desconectado de si mesma, como se fosse só uma câmera flutuante ou um bonequinho sendo jogado por outro alguém.
Pode ser estranho (e até assustador), mas faz parte desse pacote esquisito chamado “cérebro tentando te proteger do caos”.
🧠💬 Outros jeitos que a dissociação pode aparecer
- Você ouve alguém falar… e percebe que não registrou nada
- Anda por um caminho e nem lembra como chegou
- Sente que tá flutuando ou vendo tudo de longe
- Tem a sensação de que o mundo ao redor não é real (desrealização)
- Se dá conta que fez algo no automático e esqueceu completamente depois
🤔 Isso é só “viajar na maionese”?
Não, mig@s.
Todo mundo pode dissociar de leve, de vez em quando.
Mas em pessoas neurodivergentes, como autistas, TDAHs, pessoas com trauma, borderline e afins, isso pode acontecer mais, durar mais e passar despercebido por anos.
Tem muita gente que vive assim e só descobre o nome disso depois de adulto. E aí vem o alívio de entender que:
“Opa… então isso tem nome? E não sou só eu?”
🧯 É perigoso?
Nem sempre. Mas pode ser sinal de que algo dentro do sistema tá gritando por um respiro.
Se for frequente, causar sofrimento ou interferir no seu dia a dia, é um bom motivo pra buscar apoio com psicóloga(o), terapeuta ou profissional de saúde mental com escuta para neurodivergências.
🧰 Dicas de retorno (ou: chamar o elevador de volta)
- Beber água (devagar, com atenção)
- Cheirar algo forte (tipo café, óleo essencial…)
- Tocar objetos de texturas diferentes
- Nomear 5 coisas ao redor: “cadeira, caneca, planta…”
- Encostar os pés no chão e sentir o peso do corpo
- Passar gelo nas mãos (literalmente, funciona!)
Não é sobre forçar a mente a “voltar”.
É sobre lembrar que você tá segura agora. Tá aqui. Tá viva. E tá tudo bem.
☕ Fechando com carinho ND
Dissociar não é falha. É mecanismo.
É um jeito esquisito do cérebro tentar te poupar — mesmo que ele acione isso nos momentos mais aleatórios.
Aos poucos, com informação e acolhimento, dá pra reconhecer quando isso acontece, se ancorar no presente e se tratar com gentileza.
E se você já se sentiu assim, fica aqui o lembrete:
Você não tá sozinha.
E não tem nada de errado em ter um cérebro que às vezes precisa escapar do agora pra continuar funcionando.
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